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Mostrando postagens de março, 2013

A redação do miojo não é notícia, mas rende uma boa conversa

As aulas de redação sempre foram minhas preferidas. E eu sempre fui bem, aí acabei achando que escrevo razoavelmente e me aventurei a escrever blogs e artigos e etcs. Eu nunca, jamais, colocaria uma receita de miojo numa redação sobre imigração (mas poderia citá-lo: o "miojo" é um exemplo ótimo de como as ideias também migram e não somente as pessoas). Minhas redações eram mais certinhas, sempre dentro do tema e minhas "tiradas criativas" eram mais inteligentes e bem colocadas (cof, cof), por isso eu nunca tirei um 5,6 em uma redação. Então eu estou defendendo a nota desse menino e do menino que colocou o hino do palmeiras. Porque eu acho que como recurso estilístico foi uma coisa legal. A do palmeiras é bem pior que a do miojo, mas só porque ele não adaptou o hino. Se ele tivesse trocado "palmeiras" por "seleção" e "alviverde" por "canarinho", mereceria 1000! É exatamente o patriotismo de "torcida" que torna uma c

Carreira e maternidade: Sharon, Rodrigo e Tomás

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Oi pessoal da blogagem coletiva! Hoje o Mamatraca quer "saber em detalhes" a nossa experiência e vou contar um pouco aqui. Já fazem 2 anos e 8 meses que voltei a trabalhar, após a licença, e agora eu acho que está tudo bem tranquilo... todos os envolvidos estão satisfeitos com o arranjo da mamãe nos trabalhos dela. Rodrigo e eu dividimos tudo. Em todas as minhas conquistas e trabalhos ele é parte fundamental. Sem ele eu não faria metade do que eu faço! Eu vejo a relação entre ele e o Tomás como um espelho da que eu mesma tenho com o petiz. A sintonia e amor entre eles são tão bonitos! Para o Tomás, não existem muitas diferenças entre ser cuidado pelo pai ou pela mãe... e claro que isso é ótimo. Obrigada, meu amor, por tudo! Te amo demais, amo demais nossa vida e nossa família! Nesses quase 3 anos teve muita dúvida, muita angústia, algum choro, todo o estresse... Tomás teve crechites que pareciam não ter fim... a "gripe contínua" que pega todas as crianças

10 autores de quem eu leria qualquer coisa

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Vi a postagem no pontoLivro do Luciano, que viu no Distopicamente da Isabel . E copiei. Até a imagem, roubei do Lu: Na verdade, dos que já encerraram a produção, eu já li quase tudo o que foi publicado... Então eu tenho quase absoluta certeza. Como o Luciano, vou colocar em ordem alfabética para não hierarquizar ninguém. Carlos Drummond de Andrade Um dos poucos poetas que eu. Cronista excelente... escreve limpinho, fala bonito, incomparável. Domingos Pellegrini Fazer o quê. Fernando Sabino Às vezes, triste, noutras, engraçado e na maioria das vezes, nostálgico. Como a vida. Graciliano Ramos Ai, a verdade do que ele escreve dói na alma da gente, não dá pra ficar incólume. Henfil Fofo! (Sim, só por isso) Lygia Bojunga Porque entende as meninas. Nick Hornby Fofinho, pop, "fácil". Não é só pelo rock não... é porque é bom! Edgar Allan Poe Pô! Stephen King Fã é fã. Apesar de fazer um certo tempo, se me cair na mão alguma coisa, eu devoro.

Primeiro Livro Que Viaja da Quitanda: "A caneta e o anzol", Domingos Pellegini

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Eu adoro a ideia de um livro viajante, circulando por diversas partes do país, sendo lido por pessoas diferentes e comentado por todo mundo... Conversas se originando. Acho que para iniciar uma viagem, a primeira que eu organizo, o livro tem que ter a ver comigo. Pelo menos um pouquinho. Além disso, tem que ser de leitura rápida e leve (envio barato todo mundo gosta, não é?) E hoje topei na banca com um que tem. Tem eu, que cresci com meu pai pescador... companhando as histórias, os causos, as feridas, as limpezas, as fritadas de jundiá e as traíras na grelha. Tem o marido, que desde que o meu pai se mudou para Roraima está sem companheiro de pesca e sofre, todo domingo, assistindo aos programas de pesca na TV. Tem meu filho, que já pegou o primeiro peixe, com três anos! Tem meus avós, ambos, o materno e o paterno, chegando em casa com o peixinhos pra fritar na janta. Tem minha mãe, que pesca, minha tia-avó, meu tio-avô. Um e outro primo. Tem gente pra caramba. Leia mais sob

"O Morro dos Ventos Uivantes", Emily Brontë

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Arte de C.E. Montford -  'Entra! Entra! - soluçava" Antes de ler vai no youtube e liga a música . (obrigada, Cyntia!) Li (mas não comprei) a famigerada edição com a referência à série Crepúsculo na capa, já que foi a que me caiu nas mãos. Estava numa das estantes do Leitura sem Fronteiras e eu decidi ler o clássico que a uns 25 anos me recomendam. Desde que eu tinha idade para ler romances. É da editora Leya, selo Lua de Papel, 2009, 292 páginas. E é... incrível, arrepiante. Justifica todas as referências, inspirações, homenagens, adaptações, inclusive as duvidosas. O mundo de Heatcliff e Catherine é tão diferente da atualidade que é até difícil julgar o enredo com nossos olhos. Só pela quantidade de gente que morre jovem, de doenças que, hoje em dia, são plenamente tratáveis, já se imagina que nunca existiria história como essa em nossos dias. Outra coisa é que dificilmente cinco crianças viveriam, hoje, em um grupo humano tão fechado... onde só tem como referência a