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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

Dos livros medianos e da leitura dinâmica

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Eu gosto de ler tudo. E é verdade. Gosto de ler policial, fantasia, aventura, drama, comédia, chick lit, infantil, juvenil, YA, guerra, histórico, contemporâneo, regional, faroeste, antigo, clássico, best seller... De tudo. Só que nessas de "pode vir quente que eu tô fervendo", eu acabo me decepcionando com os livros mornos. Os livros chatos, que não são exatamente ruins, mas também não são verdadeiramente bons. É aquele livro que não é mal escrito, em termos técnicos narrativos. Diálogos, descrições, coerência, início, meio e fim, tá tudo lá. Mas traz uma proporção de ideias por página tão pequena que me afeta a paciência. Eu não sou ninguém para criticar, claro, é só uma opinião ácida de uma velhinha chata que lê de tudo. Me desculpem autores, editoras e leitores que gostaram desses livros. São todos medianos. Chatos. Não valem resenhas em separado. Um livro de ficção que é compreensível e suficiente quando se lê de 20 em 20 páginas não é um romance, é um conto. E

Série Encontros: Carlos Drummond de Andrade

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Emprestei na biblioteca pública da cidade. É da Azougue Editorial, 2011 e tem 229 páginas. A série reúne entrevistas com intelectuais e artistas de várias áreas, buscando retratar a história da carreira de cada um. O livro é ótimo, como Drummond é ótimo. Mas para quem ainda não conhece a obra, eu digo que primeiro vá ler as poesias pra depois ler esse. Porque aí já se chega amando e compreendendo um pouco melhor o estilo e os saberes dele. Então eu sentei, abri e amei. [como escreve isso em latim? não seria linda uma tatuagem do tipo Vini, vidi, vinci? hein? hein?] Então. Parei de escrever aqui, não resisti e fui confabular com consultores de tatuagem, linguagem e design e acabou que saiu! Ainda não sei se vou fazer em latim ou português. O que vocês acham?] Hein? Hein? Também é um ex libris de respeito. Voltando ao assunto inicial. Carlos Drummond de Andrade. Entrevistas (tá meio difícil pensar nisso porque hoje também foi inaugurado um tumblr da FemMaterna... o &quo

Antologia Poética, Anna Akhmátova

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Chegou através da iniciativa do Luciano, o pontoLivro. É uma corrente no estilo "booktour", que ele está promovendo . A edição é L&PM Pocket, tem 203 páginas, introdução, notas, tudo o que é necessário e imprescindível, um trabalho admirável de Lauro Machado Coelho. Assim que chegou, eu queria ter lido correndo, mas é poesia e poesia... é para poetas. Eu tava lendo aos pulinhos, mas ontem eu estava me sentindo poeta, peguei, e li. Caramba. Tô gostando muito  e acho que vou comprar um exemplar pra mim. Anna nasceu em 1899 e viveu o czarismo e a revolução. Era uma poeta popular, amada pelos russos, e eu entendi o porquê. Seus poemas são simples e contundentes, bonitos sem enfeites. Anna Akhmátova (1914), Nathan Altman O poema Réquiem é um dos mais expressivos e pungentes, sobre o terror estalinista. Nesse trecho de "Epílogo", escrito em 1940, me arrepiou (achei o mais forte de todo o livro). Fala sobre as mães que visitavam os filhos na prisão polític

Fiscais da vida alheia em: Restaurante não é lugar de criança

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Talvez uma nova coluna. Hoje inspirada no post da Tâmara Freire, colega de FemMaterna e blogueira feminista. Infelizmente... "Os olhares são muitos, de todas as mesas, de todos os cantos do mundo, é o que parece. Acusadores, esquivos, acompanhados de comentários entre os dentes que somente o alvo dos próprios é capaz de notar. A mãe se envergonha, rasga a cartilha em pedacinhos e sai do restaurante, tão rápido quanto pode. Correria se não fosse preciso pagar a comanda. Frustrada pela má conduta do filho, frustrada pela própria fraqueza, frustrada por existir enquanto figura materna imperfeita, neste mundo em que olhares parecem dizer que não se pode “errar” em público. Jamais."

As lágrimas da girafa, Alexander McCall Smith

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Companhia das Letras, 2003, 223 páginas. Veio de Brasília, enviado por um amigo em "crédito" de futuras trocas. Vai pras estantes do Leitura sem Fronteiras em breve, assim que rodar os amigos. Tem livros que combinam com certos dias. Ontem era sábado, primeiro dia do feriado de carnaval e foi um dia fofo. Tomás acordou às nove horas da manhã, milagrosamente, então eu dormi até às nove da manhã. Acordei, portanto, de bom humor. Arrumamos juntos as camas, lavamos toalhas de banho e lençóis, brincando, rindo e bagunçando um pouco. Fomos almoçar com o papai e ele comeu bem e não fez bagunça no restaurante. À tarde não dormiu (tinha acordado tarde) e foi com o Rodrigo no mercado (então eu pintei minhas unhas e assistir um filme!). Quando eles voltaram, liguei para a Alana, amiguinha dele de 8 anos, que passou o resto do dia conosco. Ela é uma fofa, eles brincam até cansarem, comem até se fartarem, nenhuma discussão, nenhum problema. Nesses (bem raros) dias inteiramente fofos,

Texto meu no Blogueiras Feministas!

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Oi pessoal! Estou meio distante da Quitanda ultimamente, muito trabalho na "vida real"... estou até lendo menos, vou tentar corrigir isso. Estou tentando escrever os seis textos feministas que eu tinha como meta no ano passado... e um deles já saiu. Publiquei no Blogueiras Feministas, coletivo do qual eu faço parte desde abril de 2011. Estou aprendendo demais lá, na lista de discussão, conversando com o pessoal, lendo os blogs de todo mundo... e agora resolvi tentar fazer um texto contando sobre o meu feminismo: " Eu era uma groupie juvenil ". Mãe Feminista Lá nas BF a gente se organizou em um grupo para discutir maternidade e feminismo, o FemMaterna. Também estamos escrevendo e são textos mais colaborativos do que autorais... é bem diferente do que eu sempre fiz. Estou adorando. Quem quiser participar das BF, para entender melhor o feminismo, ou só pra conversar com gente legal, pode se inscrever na lista também... não é restrito à mulheres, todo mund