Novo post velho

Publicado em 21 de outubro de 2004

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Terminei de reler "Do Inferno", do Allan Moore e do Eddie Campbell. "Oh! Meu! Deus!" Num resumo rápido, as qualificações da obra: história em quadrinhos, investigação policial, terror, misticismo, maçonaria, Londres vitoriana, notas bibliográficas elucidativas e humor auto-depreciativo. [resenha no Meia Palavra]

Coloquei os quatro volumes do inferno na estante de honra, ao lado do Asimov e d'As crônicas de Artur, do Cornwell. Esse ato discriminatório me levou a uma meditação sobre outro ato do mesmo tipo: a "busca e apreensão" de espécimes humanos do sexo masculino para fins de "troca de líquidos corporais". O que diriam os meus "melhores" livros sobre os meus encontros amorosos? Como eles (os livros) se sentem ao serem trocados (ou deixados temporariamente de lado) para que eu possa aproveitar adequadamente longos instantes de breves romances? Talvez vocês aí não achem a comparação válida, mas vejam bem. A única coisa que, no momento, me diverte tanto quanto passar alguns momentos com um lindo garoto é deitar em minha caminha e gastar belas horas entre as fantásticas páginas de uma história. E os livros levam pelo menos duas vantagens sobre os homens: estão sempre ao meu dispor, esperando quietinhos com a página marcada enquanto eu cozinho, tomo banho ou escrevo o TCC e nenhum deles prefere ficar sozinho a ficar comigo.

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P.S.: A maravilhosa Wayback Machine traz de volta até os comentários:


Na época eu até estava "tentando parecer intelectual", tem até um post sobre isso baseado nas ideias da Susan Sontag. Mas hoje estou me lixando, escrevo sobre os livros o que eu quiser. E ainda soo* infantil, sem problemas. 

* sim, tá certo, é isso mesmo!

Comentários

  1. Ah! Eu ainda não li nada do Alan Moore, mas isto está prestes a mudar: encomendei ontem o V de Vingança, deve aparecer por aqui lá pela semana que vem. e, olha, os livros são companheiros sensacionais: não cobram nada nem teimam em discutir relação ;)

    Dois abraços.

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