Alta Fidelidade, Nick Hornby - mais um livro livre!

2001. Curitiba. Ganhei o "Alta Fidelidade". Nós invejávamos um pouquinho a vida do protagonista e narrador do livro, Rob Gordon. Ele trabalhava com rock, tinha amigos que trabalhavam com rock, saía a noite para festejar o rock e - coisa que não invejávamos, pois fazíamos - namorava muito (em qualidade e quantidade). Foi o livro/filme mais adorado pelos amigues naquele começo de década. Gravamos fitas para uma amiga que foi trabalhar no Mato Grosso. Tínhamos comunidade no orkut pra fazer listas de cinco itens. Terminei um namoro e, solteira, acabei aproveitando mais ainda o rock da cidade e entrando de cabeça no clima do livro. Um negócio meio inventado, muito fantasiado, um tanto alienado, minha "Private Idaho" (e dancei bastante essa). Shows de domingo a domingo, conversas de horas com desconhecidos nos bares, mais namorados (em qualidade e quantidade)... mais diversão.



E claro, como (quase) todo mundo que adorava o filme na época, cresci, não sou mais avulsa, tenho um filho pra criar... Continuamos gostando de música e alguns trabalham com ela, mas já não nos encontramos de domingo a domingo para festejá-la. Saudade? Um pouquinho, de ir em três bares diferentes num sábado e ver três ou mais shows pagando menos de 10 reais, às vezes não pagando nada. Saudade de música boa e barata ao vivo, aqui tem pouco. De gritar na beira do palco. Quando o Tomás deixar de trocar o guarda-roupa a cada estação, eu e marido vamos pra um festival de quatro dias! 
E vejam só, libertei o bichinho! Deixei hoje, nas cadeiras do correio. E descobri o que aconteceu com "O sol é para todos" que deixei lá na semana passada. Lá pelas quatro da tarde (eu deixei o livro às 10 da manhã), um cliente bem intencionado, que não leu nenhum dos bilhetes que coloquei no livro, levou a um guichê o "livro perdido por alguém". Aí a Kátia, funcionária com quem eu tinha conversado sobre a libertação, aproveitou que ninguém tinha pegado, levou pra casa e está lendo. Ela tinha se entusiasmado com o resumo empolgado que eu fiz da história. Legal! Então, está lá, acho, ainda, um "Alta Fidelidade" só pra você! Vai buscar!

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Comentários

  1. Sharon, não li esse livro mas imagino o quanto deve ter influenciado as pessoas. Lembro do B-52's e de ter um carnaval inteiro ouvido e dançado com os amigos em protesto ao novo carnaval que colocou de lado as lindas marchinhas que animavam anteriormente, o verdadeiro carnaval.
    Ah, tem um blogueiro que usa o nick Rob Gordon :)
    Vou acrescentar esse livro à lista do Bookcrossing Blogueiro. Fiz um comentário na sua postagem de participação.
    Bom fim de semana! Beijus,

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  2. Rob Gordon! Vou procurar! O livro influenciou um pouco, mas também era um reflexo do que a gente já estava fazendo... era identificação e "musa" ao mesmo tempo!

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  3. Sharon esse eu pegava fácil-fácil. Havia um exemplar na biblio daqui, mas desapareceu dentro de pouco tempo, e ninguém nunca mais o viu. Fiquei só na vontade.

    Ah,, muito bacana ter notícias de um livro liberto, rs, saber que ficou tudo bem. Que um srtudo cuide bem de Hornby.

    Beijos e bom fim de semana.

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