No dia mundial do livro, três formas de libertar os seus!

Quem gosta de ler e quer conversar sobre livros precisa de gente que tenha lido o mesmo livro, não é? Pra isso, eu vou atrás do pessoal que gosta de ler e empresto os meus livros. Alguns amigos já ouviram: "Você gosta de ler, muito, pouco, nada?" Se a resposta é positiva, abro minha estante com todo prazer. Depois que meus livros já circularam entre os amigos, eu não os deixo parados na estante. Eu liberto!

A ideia é antiga. O site Bookcrossing registra os livros libertados por pessoas em todo mundo. Em 2003 eu libertei o meu primeiro livro, "Ópera de Sabão", do Marcos Rey, nas escadarias da Santos Andrade em Curitiba. Um amigo foi junto e libertou Lolita. Foi o começo.

Aí eu fui juntando os livros, juntando... a estante foi crescendo. Não consigo libertar todos eles ainda, então, vou aos poucos, rezando a Oração de São Pessoa do Desapego Literário. Faço uma doação aqui, deixo um livrinho ali, outro acolá... enfim. Devagarzinho vamos ficando mais leves, eu e minha estante.

Gostou da ideia? Tem várias formas de deixar seus livros irem:

1. Libertação solo

Simplesmente deixando o livro por aí com um bilhete explicativo ou controlando suas libertações através de um site. Pode ser o Livro Livre ou Bookcrossing. Você se registra, registra seu livros, anota o código, liberta o livro e espera sofrendo que alguém vá no site cadastrar a "captura". Nesse caso é legal colocar uma etiqueta no livro, explicando como voltar ao site e tudo mais. Aqui tem uma etiqueta simples, preto e branca que você pode usar para seus livros do bookcrossing:

etiqueta bookcrossing preto e branco

2. Libertação dirigida


Se você tem medo de deixar seus livros assim, ao deus-dará, pode doar para bibliotecas livres, onde os livros são levados sem registro, sem burocracia e em locais acessíveis, mas com mais possibilidade de retorno, pois têm um ponto de devolução. Dá uma olhada nesse post do Livros e Afins e nesse do Luz de Luma para saber mais. Aqui no Paraná temos vários projetos legais:
  • Freguesia do Livro. Elas formam bibliotecas, registram outras, reúnem as doações e distribuem. Enviar um ou dois livros pelo correio para elas é bem barato e o carinho com que a Jô recebe e liberta os livros é delicioso. Olhem as caixas lindas de livros infantis que elas levaram pro Hospital Erasto Gaertner.


Ilustração de Mariana Massarani
3. Semi-libertação, para os ciumentos


Doando para bibliotecas públicas, escolares, da faculdade: assim, você vai ter mais certeza de que os livros serão bem cuidados. As bibliotecas zelam pelo acervo, registram empréstimos, usuários, etc. Seu livro pode ser utilizado por anos e sempre voltar pra mesma estante. Mas assim ele não fica realmente livre, não é? E em algumas cidades, como em Pato Branco, as bibliotecas públicas não são bem localizadas. Quantas vezes vocês de patópolis já pensaram em ir até lá e desistiram porque é nos cafundós? Então.

E agora... mãos à obra! Comece com aqueles livros menos adorados. Os meia-boca mesmo, sem vergonha, ué. Com o tempo você vai conseguir se livrar dos bons e, quem sabe, até da estante especial. Eu não espero tanto de mim mesma, mas quem sabe?


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Mais livros livres:

Ame a leitura, liberte os livros! Foto da 16ª semana de bibliofilia
Oração de São Pessoa do Desapego Literário
4º Bookcrossing Blogueiro: O sol é para todos, Harper Lee
Livros libertados em 20 de abril de 2012, sexta

Comentários

  1. Sharon, são todas muito válidas, pessoalmente gosto muito de participar, mas desta vez me incluí no terceiro grupo, mas por um motivo especial. É uma coisa que quero ir expandindo, já está mais que na hora de libertar mais de um livro, exercer firmemente o desapego, e colocar os bichinhos para movimentar ;)

    Grande abraço.

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  2. Luciano!

    Eu também não tenho coragem de libertar todos, só os que não me farão falta. Os que só li por diversão, que não fizeram grande diferença na vida. Aí eu liberto mesmo, sem dó, que livro parado não cria fungo!

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