Dia 06 - Família que lê unida...
Vovó e Tomás! |
Dia 06 – Quem (ou o quê) inspirou seu amor por livros?
Fácil: Minha mãe! Ela estava sempre com um livro por perto. E sempre foi assim, até hoje. Ela saía do trabalho e passava na biblioteca pública pra pegar livros infantis que eu devorava. Ela me deu Pollyanna, A Bolsa Amarela e A Arca de Noé. Minha mãe é minha grande inspiradora.
O primeiro livro adulto que ela me deixou ler foi "Se houver amanhã" do Sidney Sheldon. Eu sei, eu sei. Não é bem um John Fante, mas a história até que é legal, vai. Tracy é uma bancária dedicada que é presa como bode expiatório de uma armação dum cliente. Na cadeia, tudo aquilo de cadeia, o sofrimento, as amizades, o autoconhecimento, lalalá. Marcou a parte da solitária, onde ela fazia contas e ginástica pra se fortalecer. Quando sai da cadeia, se vinga usando táticas burocráticas e disfarces malucos. Nada mal pra uma bancariazinha tola. Reli esse livro algumas vezes, porque tínhamos poucos livros e às vezes não tinha nada pra fazer. Eu gostava bastante.
Minha avó materna lê em polonês e gosta de livros sobre medicina caseira, plantas medicinais. Meu avô materno não desgruda do jornal e da Revista Salette. Foi na bíblia deles que eu descobri minha história favorita, a de José e seus irmãos. Eu gosto desse negócio de traição, queda, ascensão pela coragem e força interior. Também brincávamos de novena com os livrinhos da CNBB. E na caixa de livros em cima de um guarda-roupa tinha livros didáticos dos tios e tias. Um em especial tinha a letra de "Águas de Março" e eu decorei. Na casa da tia Geni eu li As minas do rei Salomão (um cara com meia barba pode ser deus) e O poder do pensamento positivo (não leia deitado, seu preguiçoso!). A tia Ivete tinha "Memórias de um sargento de milícias".
Enfim, uma família de leitores. Alguns mais, outros menos, mas sempre tinha alguém lendo por perto.
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