A guerra dos passarinhos

Lá pelas sete horas da noite, no lusco-fusco, Tomás pega uma coisa (achei que era pedra), levanta e fala:

- Papá!
- Não é papá, Tomás, é pedra!
- Papá!

Hein? Eu olhei melhor e vi que o treco era mole. Rodrigo estava mais perto e pegou o negócio:

- É um filhote de passarinho morto!

O horror! Corre lavar a mão do filho que quase botou isso na boca! Quando voltamos, o Rodrigo conta que tinha achado outro filhotinho morto no quintal um dia antes. Estranho.

E hoje de manhã saímos pra dar pasto pros bichinhos novos do Tomás e ele encontra um ovo de passarinho no meio da grama. Uns três centímetros, sarapintado. Dessa vez não chamou de papá:

- Lixo!

Peguei o pobre ovinho e estava gelado, já estava morto o bichinho... fiz a bobagem maiúscula de devolver o ovinho pro Tomás, e, claro, segundos depois já estava quebrado na calçada... 

O Rodrigo acha que os sabiás que fizeram ninho em cima do cano de escoamento de uma das calhas do telhado quebraram o ninho dos pardais. Melhorando um pouco a história, por aqui tem pardal e pomba, e também sabiá, beija-flor, tucano, joão-de-barro, curicaca, pintassilgo, canário, uma gralha preta e muito mais. Tomás ama os titis!

Comentários

  1. Ah, em minha casa tem maritaca - mas é coisa nova, chegaram fugindo, imagino eu, da expansão da cana-de-açúcar - e encontramos um dia destes um ovinho que era a coisa mais linda do mundo, verde pintado de branco. Meu tio devolveu para o ninho, mas sei não.

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    1. Acho que não, viu, Luciano? As mamães aves tem mal pressentimento com o "cheiro" humano... era o único ovo do ninho? Porque tem que tomar cuidado, se não era o único ela pode até abandonar os outros...

      É uma delícia acompanhar os primeiros vôos dos bichinhos... não vejo a hora de chegarem os bebês desse ano!

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