Ao coração da tempestade, Will Eisner
Segundo livro do tema "graphic novel" e décimo oitavo do ano do Desafio Literário 2012. A edição é da Quadrinhos na Cia, 2010. Comprei na Estante Virtual.
Eisner é um dos maiores nomes dos quadrinhos. Talvez o maior. É um dos pioneiros das histórias de super herói e o primeiro a contar histórias para adultos em formato de graphic novel. Suas hqs são, na maior parte das que eu li, histórias do cotidiano, vida real e algumas autobiográficas, como o de hoje. Todas muito bem contadas.
Em "Ao coração da tempestade", Will conta histórias de imigrantes judeus nos EUA. Principalmente das histórias das famílias de seus pais, que vieram em momentos diferentes, de lugares diferentes.
A mãe de Eisner, de ascendência romena, nasceu do segundo casamento de um viúvo que já tinha filhos.
O pai, austríaco, foi aprendiz de um pintor famoso em Viena e somente mais tarde embarcaria para a América.
É também um romance de formação, quando Will conta como foi crescer como judeu nos diversos bairros de Nova York onde sua família morou. E das dificuldades advindas do preconceito.
E da idade.
Como vocês podem ver, é uma das partes mais divertidas do livro... continuando a história, Will e um amigo passam alguns meses construindo um barco num porão. Quando ele finalmente fica pronto...
Não sou grande conhecedora de técnicas de quadrinhos, mas tanto o Eisner quanto a Marjane Satrapi trabalham com um estilo mais livre, menos preso ao quadradinho. No "Bordados", aliás, a Marjane usou quadradinho nenhum. Acho que as possibilidades são maiores e a história fica muito mais legal sem a obrigação da métrica. Dos balões. Quanto mais liberdade, melhor... é arte!!! Esse tipo de desenho, mais solto foi inclusive invenção do Eisner, se não me engano. Podemos (talvez) chamar de "grau de eisneridade" de um quadrinho, a quantidade de quadradinhos que os desenhistas usam. Assim, quanto mais quadradinhos limitando as cenas, menos eisneridade.
Eisner é grande. E "Ao coração da tempestade" talvez seja sua grande obra. Recomendadíssimo!
Cinco estrelinhas. Em cinco.
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Mais HQs aqui.
Eisner é um dos maiores nomes dos quadrinhos. Talvez o maior. É um dos pioneiros das histórias de super herói e o primeiro a contar histórias para adultos em formato de graphic novel. Suas hqs são, na maior parte das que eu li, histórias do cotidiano, vida real e algumas autobiográficas, como o de hoje. Todas muito bem contadas.
Em "Ao coração da tempestade", Will conta histórias de imigrantes judeus nos EUA. Principalmente das histórias das famílias de seus pais, que vieram em momentos diferentes, de lugares diferentes.
A mãe de Eisner, de ascendência romena, nasceu do segundo casamento de um viúvo que já tinha filhos.
O pai, austríaco, foi aprendiz de um pintor famoso em Viena e somente mais tarde embarcaria para a América.
É também um romance de formação, quando Will conta como foi crescer como judeu nos diversos bairros de Nova York onde sua família morou. E das dificuldades advindas do preconceito.
E da idade.
Como vocês podem ver, é uma das partes mais divertidas do livro... continuando a história, Will e um amigo passam alguns meses construindo um barco num porão. Quando ele finalmente fica pronto...
Não sou grande conhecedora de técnicas de quadrinhos, mas tanto o Eisner quanto a Marjane Satrapi trabalham com um estilo mais livre, menos preso ao quadradinho. No "Bordados", aliás, a Marjane usou quadradinho nenhum. Acho que as possibilidades são maiores e a história fica muito mais legal sem a obrigação da métrica. Dos balões. Quanto mais liberdade, melhor... é arte!!! Esse tipo de desenho, mais solto foi inclusive invenção do Eisner, se não me engano. Podemos (talvez) chamar de "grau de eisneridade" de um quadrinho, a quantidade de quadradinhos que os desenhistas usam. Assim, quanto mais quadradinhos limitando as cenas, menos eisneridade.
Eisner é grande. E "Ao coração da tempestade" talvez seja sua grande obra. Recomendadíssimo!
Cinco estrelinhas. Em cinco.
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Li uma obra do Eisner este mês (Fagin, o judeu) e não gostei muito, mas sua resenha me convenceu a dar mais uma chance ao autor. :)
ResponderExcluirNossa, a impressão é de que se trata de uma tema tão delicado e triste. Talvez a leveza do formato amenize a tristeza que me invadiu a ler os trechos selecionados por você. Bela resenha!
ResponderExcluirBjs