Duna e Talia, parte 3: O resgate dos ricos panos
"Duna e Talia" é uma historia inventada a muitas "mãos". Ela aconteceu em umas três ou quatro sessões de RPG em 2002 ou 2003. Eu era a Talia, uma atriz e dançarina famosa, bonita e esperta. Duna e Sagan foram "nascidos e vividos" por dois amigos meus, o Tiago e o Jorge. O mundo, "Fasantia", e a estrutura do enredo foram criados pelo nosso narrador, o Eduardo.
DUNA E TALIA
Parte 3 - O resgate dos ricos panos
(criada por Eduardo, Sharon, Tiago e Jorge)
(Aviso aos leitores: É minha primeira narrativa de luta, pessoal, sejam compreensivos... e me ajudem! Se acharam alguma coisa estranha, errada, fora do timing, sei lá... comentem, por favor. Eu vou melhorando o texto.)
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A distração foi perfeita e Duna acertou um soco surdo na boca do bandido, que caiu desacordado. Os homens da outra cabana nem repararam no acontecido. Talia e Duna estavam se dirigindo para lá, onde Sagan já estava, montando guarda, escondido atrás de uma cabana vizinha. Viram à distância um dos bandidos saindo, aparentemente bêbado, com um tridente de apanhar rãs. Ele nem teve tempo de saber o que acontecia, pois Sagan o apagou como se fosse um bezerro, batendo com a parte de trás do machado na cabeça do bandido, que caiu imediatamente.
DUNA E TALIA
Parte 3 - O resgate dos ricos panos
(criada por Eduardo, Sharon, Tiago e Jorge)
Na primeira parte da história, Talia ajuda dois rapazes a encontrarem um trabalho de resgate de mercadorias roubadas e resolve tentar a empreitada também. Leia aqui.
Na segunda parte, ela consegue se unir ao grupo, que talvez tenha
encontrado os bandidos, em uma aldeia de pescadores. Leia aqui.
(Aviso aos leitores: É minha primeira narrativa de luta, pessoal, sejam compreensivos... e me ajudem! Se acharam alguma coisa estranha, errada, fora do timing, sei lá... comentem, por favor. Eu vou melhorando o texto.)
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Deixaram os cavalos amarrados a uma boa distância da pequena aldeia, para que ninguém os escutasse. Voltaram silenciosamente e investigaram os arredores. Encontraram a carroça da guilda, vazia, jogada em um barranco do rio. Estava escondida da estrada, mas não de alguém que viesse de barco ou fizesse uma pequena investigação. Também não havia vigias. Três pessoas estavam andando pela aldeia e ninguém havia dado alarme algum.
- Amadores! - sussurra Duna - Esses devem ser fáceis de pegar... - abaixa a cabeça e murmura para si mesmo - Agradeço ao senhor, Deus das Batalhas, por mais esse presente!
Toda a aldeia estava vazia, exceto por duas cabanas, uma de cada lado da estrada. Em uma delas se ouvia risadas enquanto que, na porta da outra, um homem sentado num banquinho afiava tranquilamente uma grande faca. Planejaram rapidamente a ação. Talia entrou correndo na aldeia, vindo pela estrada, fingindo pavor e falando em voz baixa com o homem sozinho:
- Moço, moço, se esconde! (enquanto isso, Duna vem sorrateiramente pelo lado oposto, preparando o soco inglês)
- Que foi, menina, calma!
- Psiu!!! Fala nada não, moço!
- Psiu!!! Fala nada não, moço!
A distração foi perfeita e Duna acertou um soco surdo na boca do bandido, que caiu desacordado. Os homens da outra cabana nem repararam no acontecido. Talia e Duna estavam se dirigindo para lá, onde Sagan já estava, montando guarda, escondido atrás de uma cabana vizinha. Viram à distância um dos bandidos saindo, aparentemente bêbado, com um tridente de apanhar rãs. Ele nem teve tempo de saber o que acontecia, pois Sagan o apagou como se fosse um bezerro, batendo com a parte de trás do machado na cabeça do bandido, que caiu imediatamente.
- Uau! - sussurrou Duna. - Que frieza! Muito bem, garoto!
Mas então, com alguma finalidade indefinida, o lenhador começa a jogar pedras no telhado da cabana.
- Pra quê isso? - pergunta Duna à Talia, que não sabe responder... - Menino burro... senhorita, amarre esse cara que eu vou lá ajudar o garoto.
Foi se aproximando devagar da outra cabana, de onde se ouve:
- Tem alguém jogando pedra na cabana!
Duna ouve Sagan responder com um barulho estranho e desajeitado:
- Blurp!
E a voz da cabana, já quase do lado de fora, berra para os companheiros:
- E o idiota nem sabe imitar um slurp! - e sai da casa com uma espada em punho, na direção de Sagan. A inteligência parece voltar magicamente à cabeça do rapaz, pois ele consegue acertar, de uma vez só, um golpe certeiro de machado no peito do homem, sobre a cota de malha. Sem sofrer nenhum arranhão, Sagan abate o segundo bandido da sua vida.
Duna não tem tempo de ficar admirado com a nova demonstração de frieza, talento e coragem do rapaz, porque alguém começa a disparar uma besta em sua direção. Ele procura abrigo atrás de uma árvore, mas o homem muda de alvo rapidamente quando percebe Sagan mais próximo e vindo depressa, girando o machado acima da cabeça e gritando:
- É hoje que Sagan, o Maldito, manda vinte almas para o Senhor da Guerraaaaaaaaa!
Dois dos dardos disparados pela besta ficam presos no peitoral de couro de Sagan, mas o rapaz parece não sentir. Chuta o bandido, que não cai, e prepara um golpe de machado, que acaba por atingir somente o ar, pois o bandido já está no chão, atingido por uma pedrada de Duna na cabeça.
- Não sabemos quem é o líder, garoto! Menos força nesse machado!
Outro bandido está tentando fugir, mas fica paralisado quando vê que Sagan já o percebeu e aproxima-se. Então rende-se. Duna o agarra e fala em tom apaziguador:
- Deixo o Machado Maldito aqui longe de você... é só me dizer quem é o líder.
O rapaz aponta o homem com cota de malha, agora todo ensanguentado pelo golpe de machado no peito.
O rapaz aponta o homem com cota de malha, agora todo ensanguentado pelo golpe de machado no peito.
- Espero que você não o tenha matado, Sagan... mesmo assim... ótimo trabalho! Você é um guerreiro nato! Que frieza! Que coragem! Foi uma surpresa admirável saber que você luta tão bem!
Sagan sorri, feliz com os elogios do amigo... e desmaia.
Talia, que estava olhando a luta à distância, corre para ajudar o amigo. Retiram os dardos do peitoral de couro e percebem que um deles, no ombro, foi um pouco mais fundo, mas a hemorragia já está cessando. Talia comprime a perfuração com uma mão e pede para Duna trazer algum tecido.
- Linho, algodão ou lã, hein? Isso você conhece, não é? - Duna traz um pedaço de lã e Talia amarra firme o ferimento. - Deve ter sido mais pela emoção do que pelo sangramento... ele já vai acordar, está respirando bem.
- Onde a senhorita aprendeu a tratar de ferimentos?
- Eu trabalho numa taverna... e sempre tem brigas, não é? Alguém precisa ajudar. Deixa eu ver esses caras... qual é o líder?
- Aquele ali, o do peito sangrando... merda, o garoto matou o cara.
- Ainda não... - Talia avalia o ferimento. O corte não foi tão profundo... mas temos que voltar depressa, não sei cuidar disso, alguns ossos estão quebrados. Vamos estancar o sangramento e levá-lo na carroça... os panos amarramos nos cavalos. E você, Duna? Se feriu?
- Não, não se preocupe. E os outros homens, senhorita? Deixamos aqui? - Talia olhou para ele desconfiada... parecia que o líder da equipe estava zombando dela... perguntar a opinião de uma mulher? Mas a expressão dele demonstrava dúvida e um pouco de desconcerto. "Bom", pensou Talia, "ele é o líder desse resgate e está pedindo a opinião de uma dançarina de taverna! Que pessoa mais... inédita!"
- Você está falando sério? Quer saber a minha opinião?
- Claro, senhorita, eu sou de fora... não conheço os costumes daqui. A senhorita sabe deles muito mais do que eu.
Talia percebeu que fazia sentido.
- Você está falando sério? Quer saber a minha opinião?
- Claro, senhorita, eu sou de fora... não conheço os costumes daqui. A senhorita sabe deles muito mais do que eu.
Talia percebeu que fazia sentido.
- Bom, acho que podemos deixá-los amarrados... o pessoal da vila deve estar escondido por perto, esperando os bandidos irem embora. Pode ser que queiram vingança, sei lá...
Talia dá um grande assobio. Uma criança aparece na estrada, há uma certa distância e Duna mostra a ela um bandido amarrado. A criança desaparece.
Talia dá um grande assobio. Uma criança aparece na estrada, há uma certa distância e Duna mostra a ela um bandido amarrado. A criança desaparece.
Talia vai até o homem atingido na cabeça:
- Bom, esse aqui não tem mais conserto. Foi-se. - ao que Duna reage, desconcertado:
- Não! Não era pra matar! Você está certa?
- Sim... não respira... ainda está quente, mas não levanta mais... repare nos olhos... esse morreu...
- Pelo menos não é o líder, não é? Enfim... é uma alma para o Senhor das Batalhas! - Duna se aproxima do homem e se ajoelha - Me daria licença senhorita Talia? Farei uma oração para esse homem... agora que não oferece perigo para ninguém, pode descansar.
Alguns homens da aldeia já estavam retornando e Talia foi ao encontro deles. Decidiram que era melhor entregar os bandidos para serem julgados no castelo. Talia se encarregou da tarefa, já que estavam voltando mesmo. Os pescadores haviam encontrado o cavalo da guilda. Ajudaram Duna a recuperar a carroça e a atrelá-lo, enquanto Talia dava uma olhada nos "ricos panos", separando os mais delicados. Escondidos entre os tecidos, ela encontrou quatro sacos pequenos de fortunas, a moeda do Imperio Larkisiano.
"Estranho", pensou Talia, "Tremelassé não falou nada sobre moedas..." Escondeu os sacos com cuidado entre os tecidos ricos que amarrou em seu cavalo e no de Duna. "Vou falar com Duna mais tarde sobre isso".
Sagan já estava acordado, mas estava zonzo e sentindo o ombro machucado, então Duna e Talia o deixaram guiar a carroça que levava o líder do bando e os panos mais simples. Os outros dois foram amarrados por Duna no cavalo de Sagan, de forma que não pudessem tentar fugir. Duna guiava o cavalo, que era dócil e os acompanhou tranquilamente. Imaginavam que agora, com a carroça e o cavalo carregado com "a carga criminosa", levariam em torno de seis horas para regressar, e viajariam um pouco à noite.
- Puta merda, pessoal - disse Sagan, já restabelecido. - Conheço bem esse caminho, passei várias vezes à noite, durante o dia, de madrugada... temos que rezar para não encontrar um slurp. Isso seria bem ruim, com esse cara sangrando, aqui...
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Fim da terceira parte. Quinta-feira que vem: "Ataque Slurp!".
"Estranho", pensou Talia, "Tremelassé não falou nada sobre moedas..." Escondeu os sacos com cuidado entre os tecidos ricos que amarrou em seu cavalo e no de Duna. "Vou falar com Duna mais tarde sobre isso".
Sagan já estava acordado, mas estava zonzo e sentindo o ombro machucado, então Duna e Talia o deixaram guiar a carroça que levava o líder do bando e os panos mais simples. Os outros dois foram amarrados por Duna no cavalo de Sagan, de forma que não pudessem tentar fugir. Duna guiava o cavalo, que era dócil e os acompanhou tranquilamente. Imaginavam que agora, com a carroça e o cavalo carregado com "a carga criminosa", levariam em torno de seis horas para regressar, e viajariam um pouco à noite.
- Puta merda, pessoal - disse Sagan, já restabelecido. - Conheço bem esse caminho, passei várias vezes à noite, durante o dia, de madrugada... temos que rezar para não encontrar um slurp. Isso seria bem ruim, com esse cara sangrando, aqui...
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Fim da terceira parte. Quinta-feira que vem: "Ataque Slurp!".
Descreveu bem as cenas de luta sim ;) nada fora do tom. Alguns poderiam pedir mais alguns bandidos, mas daí acho que ficaria muito longo, deste jeito ficou melhor ;)
ResponderExcluir"- Talia dá um grande assobio. Uma criança aparece na estrada, há uma certa distância e Duna mostra a ela um bandido amarrado. A criança desaparece."
ResponderExcluirTem que remover o travessão, não é fala, é narrativa. Ademais, bastante bom. O caso do blurp pelo slurp nunca será esquecido!
Abs,